É isso aí ! Começou a campanha do patronato e dos banqueiros contra Ségolène Royal. No Financial Times, empresários franceses importantes agitam o espectro da fuga de capitais e da fuga de cérebros, caso a candidata do PS se torne presidente. Retomado por jornais europeus e americanos, um artigo da Bloomberg anuncia o aumento do “risco França” com a candidatura e o programa de Ségolène.
O presidente da Total acusa a proposta socialista de tributar os super-lucros das petroleiras de oscilar “entre o dogmatismo e o populismo”. No editorial de hoje, Libération dá uma boa fubecada no dito cujo.
Nestas declarações, haverá alguma matéria de reflexão para os cientistas políticos e economistas que dizem e escrevem, no Brasil e alhures, que não há mais esquerda, nem direita.
Naturalmente, eles terão uma resposta toda pronta, usada pela direita francesa e ocidental desde os tempos de De Gaulle:‘a França é a exceção que confirma a regra: um país politicamente atrasado que se veste do mais encardido anti-americanismo’. Aliás, no século XIX já se dizia a mesma coisa, só que a increpação de “atraso político” vinha associada à anglofobia.
Ainda assim, trata-se de um dos grandes países industrializados e de uma das mais velhas democracias do mundo.
3 comentários:
"Populismo", "fuga de capitais" e " aumento do risco-França", e eu me iludindo imaginando existir alguma sofisticação da critica em se tratando do chamado Primeiro Mundo.
Não tenho dúvidas que ela vai ter muito trabalho para conseguir vencer os "sabotadores" facistas.
Pelo que se vê das propostas dela, ela vai aprofundar o marasmo dos últimos vinte anos, com as enormes (sic) diferenças entre esquerda e direita no país levando ao profundo (cof, cof) avanço da economia e das situação social (ai, ai) dos franceses, frente a um mundo em que o neo-liberalismo tem levado cada vez mais países ao desastre e ao atraso. Ai, só rindo...
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