Os agarrões e abraços de Bush e Lula estampados nos jornais brasileiros e de boa parte do mundo, podem dar a impressão que o Brasil chegou lá, armado em aliado preferencial do rei do universo. Mas é preciso tomar em conta o inapelável desgaste que está minando Bush nos Estados Unidos.
Assim, no seu editorial de hoje, o New York Times pede a demissão de Alberto Gonzalez, o ministro da Justiça dos EUA, e dá uma tremenda cacetada no latino que ocupa o mais alto posto na administração americana. Acusando Gonzalez de emprestar legalidade aos procedimentos anti-constitucionais de Bush, o NYT escreve sobre este ex-advogado do presidente americano: “Ele nunca cessou de ser consiglieri da presidência imperial de Bush”.
Como os leitores de Mario Puzzo sabem e o dicionário American Heritage explica (basta clicar duas vezes sobre a palavra no texto do NYT), consiglieri tem nos EUA um sentido preciso: “um conselheiro, particularmente para um capo ou líder de uma organização criminosa”.
Ou seja, o NYT sugere que a presidência de Bush se assemelha a uma organização mafiosa.
Depois de pagar o mico da guerra no Iraque, o presidente começa a ser cobrado pela restrição das liberdades civís perpetrada nos seus dois mandatos sob pretexto de luta contra o terrorismo.
Um comentário:
Salve, professor.
Vi a foto e a mim, deu a impressão de subserviência de um lado e "raposice" do outro.
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