Outro dia, Jacques Chirac anunciou que não se recandidatava à presidência. Talvez, ele ainda descole um posto importante numa organização internacional. Mas, para todos os efeitos práticos, na França, sua carreira política terminou. Foi um longo percurso. Gente da minha geração passou sua vida inteira de adulto assistindo as peripécias de Chirac na política francesa. Na sua despedida, ele fez um discurso emocionado e comedido. Contudo, não deixou de enfatizar suas convicções anti-racistas, conclamando os franceses a rejeitarem toda forma de discriminação étnica ou cultural. Em seguida, os canais de TV chamaram os principais candidatos às presidenciais para comentar o discurso. Todos, salvo Le Pen (o qual disse que Chirac era o « seu pior inimigo », frase que deve ter sido recebida como um elogio por muitos chiraquianos), exprimiram consideração pelo presidente. Só não entendi porque Ségolène não retomou -, para endossar e acentuar -, o ataque de Chirac ao racismo e à intolerância cultural. Confesso que, nestas horas, me dá descrença e irritação com a candidatura dela.
Dentre os artigos que li a respeito da despedida, creio que um editorial do Boston Globe, retomado pelo Herald Tribune, destaca-se, exprimindo bem o ponto de vista "New England" sobre o presidente francês.
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