quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Rússia e Brasil

Walton Ford, Nila, 1999-2000, Coleção Privada, New York, Courtesy the Artist and Paul Kasmin Gallery

O presidente russo Putin abriu o jogo, deixando claro o esquema para perpetuar-se no poder. Como não pode candidatar-se a um terceiro mandato, está planejando trocar de lugar com o primeiro-ministro que acabou de nomear: Viktor Zubkov vira presidente nas presidenciais de março de 2008 e Putin será escolhido como seu primeiro-ministro.
Desde que tomou posse, Putin usou o regime semipresidencialista russo – similar ao regime francês, no qual o presidente é eleito pelo voto direto e o governo é exercido por um primeiro-ministro representando a maioria parlamentar - para
assentar sua autocracia.
Os parlamentaristas brasileiros sempre proclamaram que o regime semipresidencialista purgaria todas as mazelas da política brasileira e seria o modêlo institucional ideal para o país.
Como Ieltsin nos anos 90, Putin vem demonstrando que o regime semipresidencialista também pode se tornar um avacalhanço. Não dá mais para continuar dizendo por aí que o semipresidencialismo conserta de vez a política brasileira.
Escrevi, há quase dez anos, um artigo na mesma linha na
Folha de São Paulo intitulado O Brasil e a crise política na Rússia.

P.S. - Estou migrando meu blog para o
UOL. Onde colaboro no UOLNews. A ferramenta é diferente: deu para levar os meus posts, mas não os comentários dos leitores. Durante algum tempo ficarei postando nos dois lugares.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando é que esses caras vão acabar com esses resquícios czaristas?