O preço da igualdade racial é a eterna vigilância. Tal é a lição que se deve tirar do processo sobre a sopa de porco distribuída em Paris, noticiado no Libération e no Herald Tribune.
O caso começou no inverno de 2004, quando uma ONG ligada à extrema-direita organizou uma distribuição gratuita de sopa de toucinho para os sem-teto de Paris. Associações anti-racistas denunciaram a iniciativa como um ato preconceituoso visando excluir judeus e, sobretudo muçulmanos -, franceses ou imigrantes -, numerosos entre os sem-teto. De fato, o sítio da ONG de extrema-direita explicitava a finalidade discriminatória da operação, afirmando : « Quem não quiser a sopa, não tem sobremesa, os nossos [pobres] antes dos seus». Há cerca de 600.000 judeus e 5.000.000 de muçulmanos na França.
Houve proibições, recursos judiciais e o processo foi parar no Conseil d’Etat (espécie de STF da França).
O caso começou no inverno de 2004, quando uma ONG ligada à extrema-direita organizou uma distribuição gratuita de sopa de toucinho para os sem-teto de Paris. Associações anti-racistas denunciaram a iniciativa como um ato preconceituoso visando excluir judeus e, sobretudo muçulmanos -, franceses ou imigrantes -, numerosos entre os sem-teto. De fato, o sítio da ONG de extrema-direita explicitava a finalidade discriminatória da operação, afirmando : « Quem não quiser a sopa, não tem sobremesa, os nossos [pobres] antes dos seus». Há cerca de 600.000 judeus e 5.000.000 de muçulmanos na França.
Houve proibições, recursos judiciais e o processo foi parar no Conseil d’Etat (espécie de STF da França).
Baseado no princípio de que se tratava de atos derrogatórios à dignidade humana e que «toda atividade contrária à dignidade humana é contrária à ordem pública », o Conseil d’Etat manteve o veto à distribuição da sopa de toucinho.
O racismo contemporâneo se apresenta como uma sub-cultura recorrente e diversificada. Para combatê-lo é necessário, por intermediário da educação cívica, escolar e universitária, desenvolver um verdadeiro militantismo anti-racista.
O racismo contemporâneo se apresenta como uma sub-cultura recorrente e diversificada. Para combatê-lo é necessário, por intermediário da educação cívica, escolar e universitária, desenvolver um verdadeiro militantismo anti-racista.
4 comentários:
Sei que é horrível, mas achei engraçado a "criatividade" da direita francesa. Como diria um personagem do Rubem Fonseca (O cobrador), só rindo. Abs
Estou aqui novamente comentando suas brilhantes postagens. Infelizmente nossos compatriotas preferem assistir o "Big Brother" do que navegar na internet em busca de artigos e matérias que possam enriquecê-los. E logo no Brasil, um país extremamente racista, e que vive mergulhado no ostracismo político e cultural.
Já a direita por aqui professor, está sendo cooptada às custas do fiosiologismo de sempre. Fecharam o "valerioduto" e abriram as portas da esperanças para os maus políticos que foram para o chuveiro nas últimas eleições. É o governo do diálogo, do entendimento, da coalizão. Lula vai gonvernar sem oposição, mas eu duvido que essa mistura dê certo. A direita francesa deveria vir para cá, dá umas aulas de "oposição" reacionária ao pessoal do PSDB e do PFL.
Existem judeus sem-teto???
Sobre a "criatividade" da direita francesa, a italiana não fica atrás. A Liga Norte, anti-imigrantes e principalmente anti-muçulmanos, especializou-se em ações como borrifar urina de porco em terrenos nos quais se projetava a construção de mesquitas... Nem um pouco engraçado, por sinal.
Helion
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