No G1, sítio de informação online da Globo, há um vídeo interessante sobre o passado recente brasileiro. Trata-se da notícia da morte do general-presidente Figueiredo, em 1999.
Fátima Bernardes faz uma síntese razoável do destrambelho que foi a última presidência da ditadura. No final, ela repete a frase que este ditador patético deixou como balanço de seu desastroso mandato usurpado aos cidadãos brasileiros: “Espero que me esqueçam!”. Mas há uma declaração mais grotesca ainda. No último dia de seu mandato, numa seqüência filmada pela finada TV Manchete, o jornalista (talvez Alexandre Garcia, se não me falha a memória) perguntava a Figueiredo algo do gênero: “ o quê o senhor teria a dizer ao povo brasileiro”. E aí, supremo esculacho, Figueiredo declara a uma nação de 180 milhões de habitantes, independente há quase dois séculos: “aqui ó pra ocês!” e o homem nos dá uma banana!
Foi assim -, senhoras e senhores -, que acabou a ditadura. Da maneira mais réles. Estas imagens, que pertencem ao espólio da TV Manchete, podem ter sido destruídas. Obviamente, a TV Globo nem menciona a declaração filmada pela TV Manchete.
A propósito, quando é que vai acabar, no Brasil, esta baixaria de os jornais e a mídia em geral não citar notícias publicadas por seus concorrentes locais?
Quando Bush se preparava para visitar o Brasil (antes da viagem à cúpula de Mar del Plata,novembro 2005), ele deu uma coletiva em Washington a correspondentes latino-americanos sorteados para participar do evento. No caso, o brasileiro sorteado foi o correspondente de um jornal paulista, o qual publicou no dia seguinte, todas as declarações do presidente dos EUA. Outro jornal paulista, para não citar a matéria do concorrente, reproduziu as declarações do presidente americano a partir da reportagem publicada no jornal El Clarín, de Buenos Aires.
Quando Bush se preparava para visitar o Brasil (antes da viagem à cúpula de Mar del Plata,novembro 2005), ele deu uma coletiva em Washington a correspondentes latino-americanos sorteados para participar do evento. No caso, o brasileiro sorteado foi o correspondente de um jornal paulista, o qual publicou no dia seguinte, todas as declarações do presidente dos EUA. Outro jornal paulista, para não citar a matéria do concorrente, reproduziu as declarações do presidente americano a partir da reportagem publicada no jornal El Clarín, de Buenos Aires.
P.S. No blog do Alon Feuerwerker, que indicou generosamente meu blog, trazendo-me muitos leitores, apareceu outro dia uma entrevista minha sobre o liberalismo no Brasil.
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